"preparo um canto que faça acordar os homens e adormecer as crianças"


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Criânsias e Experiências

Na primeira semana de férias que eu tive do trabalho, fui convidado pela Thathiana, uma das minhas irmãs postiças, para participar de uma colônia de férias no Iate Club Rio de Janeiro.
Eu, que nunca havia participado de uma, me empolguei em ter a oportunidade de conviver por 4 dias com crianças diferentes das que eu trabalho geralmente, na EDEM.
O frio na barriga passou logo que eu lembrei que criança, em qualquer lugar, é criança; pode ser rica, pobre, quieto ou bagunceiro, tem alguma coisa lá dentro que se for cutucada, dá sorriso.

Na verdade não tenho nada em especial para escrever, visto que já faz um certo tempo e não lembro dos pequenos acontecimentos que me fizeram um Tauã novo. Novo não....mais novo.
A clássica ideia de que queremos ser adolescentes, adultos e depois criança é impressionante. O Paradoxo da Experiência, como eu chamo pra mim mesmo essa loucura que a vida prega. "Aah se eu soubesse que as meninas de 13 anos são mais descoladas que os meninos!"'... "Ah se eu não tivesse medo de dormir na casa dos meus amigos!" como podíamos ter aproveitado ne...
Depois que acabou e o cansaço passou, eu voltei a pensar na colônia e cheguei a conclusão que há dois tipos de aprendizado (no mínimo do mínimo) entre crianças e adultos: um é o que as crianças aprendem, que é o Aprendizado Social, no qual o adulto ensina pra criança aquilo que ela deve saber para conviver bem nas regras sociais e sobreviver (não ser atropelado por ex.); um aprendizado pragmático e temporal, pois crianças crescem e transformam valores aprendidos. O outro, atemporal e filosófico e, por isso, apenas apre(e)ndido pelos adultos, é o Aprendizado da Vida. Não tenho um nome melhor. Mas o que seria isso? Percebemos nas crianças e pessoas mais novas em geral, que a vida é e foi. Não será, pois o futuro somos nós. Para eles, eles serão como a gente. E eu sei que serão. Podem ser melhores, diferentes aqui e acolá, mas as ânsias e emoções são universais, distribuídas em cada um num certo grau. Então, quando percebo que aquela criança se parece nisto ou naquilo com o antigo Tauãzinho, penso: "o que mudou em mim? por que? e mais! quando mudou? Tomara que se conserve nele".....ilusão, ignorância à roda-viva.

O é da vida é doce,
carpe diem;
o era, amargo
melancolia;
o será, será,
dia-a-dia

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