"preparo um canto que faça acordar os homens e adormecer as crianças"


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Segnda-feira, 1º de fevereiro, EDEM, primeiro dia de trabalho.

Já começo a trabalhar, antes mesmo do café. Bem, trabalho faz parte, mas o pensamento do dia, que martelou a minha cabeça até criar calo, foi sobre a palestra que a equipe pedagógica assistiu.

Ralph era o nome do cara, inglês, filósofo, professor da PUC-Rio, a palestra era mais ou menos "Educar no contexo do pensamento contemporâneo". Daí tava eu lá, operando o equipamento necessário e, claro, de ouvido bem aberto.

A questão era, principalmente, sobre as dificuldades dos educadores de uma escola que "nasceu com o pensamento alternativo" (palavras de toda a equipe) de se adequar a esse tipo de ensino majoritariamente mercantil, no qual os pais põe seus filhos na educação infantil perguntando sobre os resultados de vestibular. Estranho ne. Mas o que me incomodou e me emocionou foi perceber quão difícil é para eles, elaborar uma estratégia para que esse colapso no pensamento comece - comece - a ruir. Como lidar com esse pai? Como mediar os interesses da demanda e do ideal? Como, quando e para onde podemos expandir nossa resistência? Vale se arriscar?
Diante dessas perguntas, tantas e sem resposta, eu pensei "e tudo o que eu vivi aqui surgiram de dúvidas e não de certezas? isso não é em si, o risco? e porque não o risco?".
Não levo nas costas o peso de culpa da situação de ninguém e muito menos da sociedade, mas levo pra qualquer lugar o peso da responsabilidade de, mostrando o que eu penso, e pensando o que me mostram, trocar, mudar e ser mudado, sem vergonha de admitir que isso é necessário tanto a mim quanto a você.
Educação é minha paixão, é o nosso futuro...vivo e aprendo sem medo de errar.

Acabou nada a ver com nada...escrevendo por refletir

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